Maurício Luongo: “Meus amigos faziam festa na praça antes do jogo. Depois, a praça ficou deserta…”

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Passava pela rua principal de Lavras do Sul, denominada Pires Porto. Sinal de fumaça vinha do centro da praça, onde se encontravam alguns de meus amigos!

Faziam barulho, levaram a TV para a rua, churrasqueira, cervejada, bandeiras, foguetes… Enfim, toda a função que virou piada horas depois!

No momento que passava por ali, ouvi alguns gritos e piadinhas. Diante disso,  paro o carro e me despeço dizendo: “Daqui a pouco eu volto aqui, e esta praça vai estar fazia”.

Não deu outra, Lavras do Sul ficou mais silenciosa que guri fazendo arte!

Nada vai superar a vergonha que o povo gaúcho passou, e também o povo brasileiro e sul-americano, que foram representados pelos “coloridos”.

Ficou marcado na história futebolística mundial que um time Brasileiro/Gaúcho foi o primeiro de seu continente a não se classificar para uma partida final de mundial interclubes. E o único a perder para um time africano.

#mazembejamaisseráesquecido

Bruno Henrique: “Donos do Rio Grande do Sul somos nós, que ganhamos tudo primeiro”.

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Na tarde do dia 14/12/2010 fui até a empresa do meu pai, na cidade de Novo Hamburgo/RS. Dia quente. Na semana toda eu aguentei os colorados, muita coisa eu aguentei. Não falei nada, mantive o silêncio. Estava só esperando o Mazembe.

Vi na TV o Inter. E, claro, aquele time africano que havia eliminado o Pachuca. Vio time reunido na goleira, numa espécia de macumba. Achei muito legal.

Pensei que seria um jogo sem emoção. Estava enganado. Minha estava ao meu lado. Ela é colorada. Não parava de gritar. Lá no setor de RH da empresa, olhando o jogo. E o tal Mazembe ia para cima, até que o Rafael Sóbis perdeu um gol feito. Eu disse, “Bazinga! O Mazembe vai ganhar”.

Eu estava certo. Foi o melhor jogo secado. ‘Tirei’ os colorados que me incomodaram a semana toda e disse que donos do Rio Grande do Sul e campeões do mundo somos nós, é o Grêmio. “Vocês também são, mas nós ganhamos tudo primeiro que vocês, então… CHOREM COLORADOS…”    

Maurício Quevedo Porfírio: “Apostei um espeto-corrido no Mazembe. Foi o melhor churrasco que saboreei em minha vida”.

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Um mês antes do mundial, apostei com um colega de trabalho que ia dar Mazembe naquele jogo. Tínhamos o costume de apostar um espeto- corrido. Essa carne teve um sabor especial.

No dia do jogo, estávamos trabalhando e ligamos a TV do escritório para espiar a transmissão. Foi quando lá pelos 10 min. do primeiro tempo, o nosso chefe, que não era muito afeito ao futebol, nos convocou para uma reunião.

A desolação era nítida em meu rosto, pois sou muito supersticioso. Imagine se eu paro de olhar o jogo e o Inter vence. Fomos ansiosos para a reunião, tentando escutar eventuais barulhos de foguetes, mas nada.

Voltamos no início do segundo tempo e comecei a perceber que os motivos que me fizeram apostar no Mazembe estavam certos. O Inter tinha Alecsandro no ataque e não é preciso comentar o desempenho pífio do mesmo. O Mazembe jogava com extrema força física e ganhava todas as divididas, como achei que ganharia, pelo porte dos jogadores. O goleiro Kidiaba, fazendo defesas sensacionais. O nervosismo já estava aparente no semblante dos copeiros jogadores do Inter. Foi então que numa bola alçada na área, o jogador do Mazembe aparou de cabeça para que Kabangu entre três defensores do Inter dominasse a bola e desse um tapa em diagonal para vencer Renan.

Neste momento não pude me conter. Dei um tapa forte na mesa. Vibrei baixinho, já me controlando. Olhei ao redor o rosto dos colegas colorados, incrédulos com o que acontecia.

Sucedeu-se a isso uma torrente de ataques do Inter ao Mazembe. Gols perdidos aos montes, como o que Giuliano e D’Alessandro perderam. Defesas inacreditáveis de Kidiaba e o relógio desesperando cada vez mais os colorados.

Em meio a estes ataques o Mazembe recuperava a bola e tocava calmamente, esperando o momento certo de dar o bote. Foi quando num destes contra ataques, Kaluyituka botou o Guinazu para dançar e bateu rasteiro no cantinho, colocando a pá de cal no sonho colorado e me fazendo erguer os braços no meio do escritório.

Fomos à churrascaria e a cada pedaço de vazio e costela lembrava-me que estava tendo uma dupla felicidade. Saborear um churrasco ganho em uma aposta e ainda ver os saltos altos vermelhos se desmanchando numa pedra do Congo, não tem preço.

E outra coisa, não esquecemos a camisa do Inter no modelo igual a do Ajax. Esperei muito tempo para poder secar o rival. Aliás, não achava que este dia chegaria. Já que ele chegou, de forma tão humilhante, vamos curtir.

Mazembeday Eterno!

Francieli Geisel: “Esqueci o cliente e larguei tudo para festejar o gol do MAZEMBE”

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Fran no estádio Olímpico

Bah, tchê! Lembro muito bem dessa data do maior vexame do Mundial de Clubes!

Estava trabalhando, mas com o rádio a todo volume, feliz da vida, pois sabia que hora mais ou hora menos o gol do MAZEMBE iria sair. Fui atender um cliente no balcão do Cartório, quando ouço o grito de GOOOOOOLLL.

Na euforia, me afastei do balcão, esqueci o cliente e comecei a gritar, pular e rir sozinha. Coloquei meu ouvido bem perto do rádio, pra ouvir muito bem aquele vexame colorado. Mal sabia eu que a festa estava apenas começando. Então, já explodindo de alegria, retomei meu serviço. Voltei a atender o meu cliente, que logo em seguida foi embora.

Meu coração era só felicidade. Afinal, nada melhor que ver o interzinho ser massacrado por onze jogadores de um time modesto da África. HAHAHAHAHAHAH!!!

Logo em seguida ouço mais um grito de GOOOOOLL. Aí sim a festa estava feita. Deixei meu serviço e fui pra rua comemorar com os demais gremistas que estavam secando o inter.

Por isso eu digo, glórias e histórias nos gremistas podemos dizer de peito cheio e com muito orgulho que temos 108 anos, 97 anos copando tudo. E eles há apenas cinco anos começaram a aparecer, enquanto nós conquistávamos o MUNDO, eles apenas eram mais um “time” que tentava conseguir reconhecimento.

SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO A TODA TERRA.

Vinícius Fagundes de Fraga: “Depois dos 2 a 0, chegou minha vez: os colorados tiveram que me engolir”.

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Sofreu com os colegas colorados, mas depois se vingou

Aquele dia foi um dos melhores da minha vida, com certeza!!

Eu já havia desistido de secar, porque parecia que ELES estavam com toda a sorte do mundo, que começou com aquele gol do Giuliano nos acréscimos da partida contra os Estudiantes de La Plata na Libertadores da América, e depois pegaram aquele time mexicano que era muito fraco (sem explicação eles terem chegado numa final de libertadores).

Trabalhava em uma empresa onde o patrão era colorado “doente”, (inclusive viajou para ver os jogos do mundial interclubes), e ELES pegaram pesado comigo, pois sabiam do meu fanatismo pelo IMORTAL TRICOLOR e não deixaram por menos. O dia depois do bicampeonato da América deles havia sido o pior da minha vida na história das “flautas” com ELES. Levaram bandeiras, comentavam com cada cliente sobre futebol para me atingir, e aguentei firme, como bom gremista que aceita “cornetas” e sabe quando é o momento de baixar as orelhas e escutar quieto.

Mas então eis que chega o dia, os Deuses do Olímpo conspiram a meu favor. O adversário era o MAZEMBE, time africano, de pouca tradição no futebol mundial, ou seja, era certo que ELES iriam estar na final, e como vocês sabem, final é final, e ELES já haviam feito “o crime” antes jogando contra o Barcelona em 2006.

Portanto já havia desistido da “secação”, pois acreditava ter gasto todas as minhas forças na Libertadores, e não queria sofrer mais.

No dia do jogo, como bom profissional que sou, disse para um colega e amigo de trabalho que ele poderia ver a partida, (o chefe havia colocado uma televisão 14 polegadas na sua sala para que os colorados pudessem torcer), que eu ficaria atendendo os clientes, sem problemas, e não iria secar porque imaginava que eles iam meter uns 4 a 0 no time africano, e não queria me desgastar mais nessa angústia.

Final do primeiro tempo, ELES haviam amassado os africanos, fazer o gol era só questão de tempo. Então, a sorte começa a conspirar a meu favor. Acontece o gol do AKABANGU, gol não, golaço!!!

Eu não acreditava, será que hoje não vai dar pra ELES? Logo hoje, no que, teoricamente seria o jogo mais fácil de todos que eu já havia secado anteriormente durante a Libertadores?!?!

Achava que ELES iriam virar, ainda não havia dado o braço a torcer ( não queria mais uma decepção secando..). Até que Guiñazu é chamado para “bailar” e…..GOL DO MAZEMBE!! 2 X 0.

Acabava ali o sonho DELES de nos passarem na frente nas maiores façanhas alcançadas. ELES não acreditavam no que estava acontecendo, a minha felicidade por dentro era imensa, não acreditava naquilo que acontecia. Nem ELES mesmos acreditavam que estavam ficando fora da final do mundial, QUE ALEGRIA!!

Bem, aí chegou a minha vez. Meus colegas colorados TIVERAM QUE ME ENGOLIR!!! Eles chegaram até a fazer queixa para o meu chefe, reclamando que eu estava “pegando pesado nas flautas”.

Já dizia o ditado: “A VINGANÇA É UM PRATO QUE SE COME FRIO”.

Lucas Winkler Angeli: “Disse ao meu amigo no aeroporto que o Inter perderia, iria mazembar”

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Lucas, de Córdoba, e o herdeiro já gremista

Vivo na Argentina há alguns anos e, para ser sincero, é muito melhor do que estar no RS pelo simples fato de não ter uma alma “vermelha” do meu lado. Como é bom perder um clássico aqui… É um dia como outro qualquer. Neste aspecto, tenho pena dos meus amigos lá de Caxias do Sul.

O lance do Mazembe Day é incrível.

No dia 14 de dezembro do ano passado, aterrissei em Porto Alegre as 7h20min, procedente de Córdoba, Argentina, para ir a Caxias do Sul resolver alguns problemas pessoais que tinha por lá. Tenho que confessar que estava muito nervoso com esse jogo dos vermelhos, pois um dos meus melhores amigos, colorado o desgraçado, foi me buscar no Salgado Filho como sempre faz. Aliás, é o único que faz isso, nem minha família faz.

Mas juro que quando saía da aduana brasileira, vestindo um terno com camisa branca e gravata tricolor, disse ao meu amigo:

– Venho trajado ‘de gala’ estragar a tua festa. Agradeço que tu estás aqui pra me buscar, mas tu tá frito hoje, pois o Inter vai ‘mazembar’!!!  Não vou nem ver o jogo porque não tenho tempo, mas tenho certeza que hoje vocês perdem.

O resto dá pra imaginar. Foram duas horas de discussão até Caxias, e, como havia prometido, não vi o jogo.

Agora, nos gols do Mazembe meu amigo me mandou algumas mensagens de texto jurando que nunca mais iria ao Salgado Filho me buscar quando os vermelhos estivessem na disputa de qualquer jogo.

Lucas

Alexandre Bier: “Saí quicando pela sala inteira imitando o genial Kidiaba”

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Bier, na Bombonera: foi à janela para os colorados contemplarem sua felicidade

Metade de dezembro e as aulas da faculdade ainda não haviam encerrado. Minha maior preocupação deveria ser prova, trabalho, apresentação. Deveria. O dia começou como outro qualquer de final de semestre: levei minha irmã para trabalhar no centro de POA e após isso percebi que nada que pudesse fazer deixaria este dia ser como qualquer outro.

Cansado de ligar o rádio apenas para ouvir nomes pra mim ainda impronunciáveis, alterei um pouco a minha rotina. A faculdade ganhava um belo de um escanteio. Saí do centro e fui ao único local onde sabia que seria totalmente compreendido. Chegando ao Olímpico Monumental, entrei na loja GrêmioMania, já pedindo: “Sabes daqueles CDs com grito de torcida, hino e tudo mais? me consegues um, porque não tem como deixar o rádio ligado hoje de tarde”.

Algumas voltas nos bairros, cantando junto com a torcida, dizendo para mim mesmo que todos que vestiam rubro nas ruas eram paramédicos, bombeiros, frentistas, qualquer coisa menos aquilo. Não tendo mais para onde ir inventei necessidades urgentes de compras, fui sem muita pressa a um supermercado perto de casa onde me vi cercado por murmúrios, sons de rádio ao longe e comentários que fazia questão de ignorar. Não sei se excesso de coragem ou simplesmente vontade de contrariar eu trajava o manto sagrado no dia, como na maioria dos dias. Olhavam-me como se fosse de outro planeta. O jogo havia começado e as músicas não estavam mais comigo, haviam ficado no carro e eu tentava fazer as compras cantando com a geral.

Depois de ter adquirido todas as coisas que me fiz acreditar que precisava voltei à minha casa, onde não havia mais alternativa: era encarar o bicho. E de janelas abertas.

Muita rivalidade há na quadra onde moro, basicamente eu versus a quadra rubra. Apenas o gesto de deixar as janelas escancaradas, vestindo o manto sagrado já era mais que o suficiente para ouvir de tudo, crivar parte e responder mais que à altura.

Finquei-me numa almofada e dela não mais saí. Nem com o primeiro gol da equipe africana. Fiquei congelado. É sonho? Ainda estou no 13 de dezembro? Não posso me mexer, devo à toda uma nação tricolor o fato de eu estar nessa almofada o fato do gol ter sido marcado, me agradeçam depois, ainda há jogo pela frente! E não me mexi.

Era crer para ver. Meus olhos fixos na tela, mas minha mente viajava, cada segundo durava um minuto. Quem visse a cena entenderia como apenas um rapaz, assistindo um jogo na televisão, ainda que fixamente, mas nada de anormal, quando na verdade eu era uma panela de pressão de 23 anos de amor, paixão, emoção e servidão a uma causa; a mais digna possível. Meu gremismo sempre me proporcionou a tarefa de ser original, jamais apoiei-me em criações de outros, nunca tive a minha criatividade podada. Mas este, realmente, não era um dia normal.

Pulei do sofá, rumei pra janela escancarada ao meu lado, eu queria gritar, queria chamar a família de todos os moradores da minha quadra pra me ver, mas a voz não saia. Faltei-me de criatividade e fiz o que pude: sem conseguir emitir um piu, sentei no chão e pulando, quicando percorri a sala inteira. Tive que me curvar à genialidade de Muteba Kidiaba, admito. Era eu na minha sala, de janelas escancaradas, e ele na televisão; separados por oceanos fazíamos e sentíamos as mesmas coisas. Precisou o segundo gol para que eu saísse da almofada. E por eu ter saído da almofada mais copera do mundo eu peço desculpas à nação, pois se tivesse ficado firme, fixo no assento… Seria no mínimo 3×0!

Melhor que ir ao panteão do futebol gaúcho, melhor que passar escutando verdadeiros hinos de amor, melhor que percorrer a cidade trajado do azul mais celeste foi ter deixado as janelas totalmente escancaradas. Eles me viam, masoquisticamente iam até suas varandas e viam Alexandre ’Kidiaba’, emudecido, mas descontrolado.

Todo dia 14 eu uso o mesmo manto. Todo dia de jogo eu deixo as janelas tal qual estavam naquele dia. Superstição? Simplesmente orgulho. De ser o que eles jamais poderão ser. Imortal.

Alexandre Bier

Clarisse de Moraes Maia e Silva: “Prometi que não iria secar, mas foi como na fábula do escorpião. Não resisti”

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E o meu sofrimento começou com uma fábula: estava de plantão no hospital na segunda-feira, dia anterior ao grande jogo, com um dos médicos mais colorados que conheço – Dr. MG!!  Perguntei-lhe como estava o coração para o dia seguinte (o meu já estava apertado, em frangalhos!) e para minha surpresa a resposta foi: “O pior de tudo é  ter que assistir ao jogo contigo” (uma gremista fanática!).

Juro que fiquei com pena, sabia que não era pessoal, se fosse eu, também não conseguiria assistir ao jogo com um adversário. Prometi-lhe então que não iria secar, que ia respeitar o nervosismo dele, pois afinal somos amigos, mas veio a resposta imediata, com sorriso amarelo: Isso parece a fábula do Sapo e o Escorpião…..

Para quem não lembra:

O Escorpião queria atravessar um riacho e pediu carona ao Sapo, para que este o carregasse até a outra margem. Este, conhecedor do instinto do animal, negou o pedido, dizendo que ele iria matá-lo. O Escorpião insistiu tanto que o Sapo acabou cedendo, com a promessa que não iria fazer-lhe mal algum. No entanto, ao chegar quase do outro lado, o Escorpião injetou seu ferrão nas costas do Sapo, ferindo-o. Este quase moribundo, questionou: porque me fizeste isso? E o Escorpião respondeu:

                 “Sei que não devia, mas é da minha NATUREZA!!!!!”

 No dia 14, chegamos para trabalhar à tarde e já estava ele, preocupado, ansioso, com aquela confiança vermelha, e eu… Apavorada!!!! Começou o jogo, eu nervosíssima, mas não podia demonstrar, não conseguia nem olhar a televisão, só com “o rabo do olho”, sem falar ou comentar nada!!!  A sorte é que nossos pacientes eram cooperativos, estavam estáveis e também participaram daquele momento com olhos grudados na TV.

Até um pouco antes do gol, aguentei, calada, apavorada, já pensando onde iria me enfiar após o jogo….Saí para ir ao banheiro (pois o nervosismo me dava cólicas!!!) e, ao voltar no caminho, me disseram: 1 X 0 !!! (e agora? Já? Pra quem? Pra eles, lógico!!!-pensava eu).

                   – “Gol dos africanos!” (ouvi de uma colega!) 

 Não acreditei… Fui ver em outra TV se era verdade!

Voltei à minha unidade, radiante, feliz, incrédula, mas com cara “de paisagem”. Afinal, tinha feito uma promessa ao meu amigo e parceiro de plantão. Ele não desgrudava os olhos da TV, mal acreditando no que via, sem uma palavra, sem piscar! O pavor estampado no rosto!

E assim foi durante todo o jogo. Vi o segundo gol, surpresa, muito feliz, com a alma lavada vendo as diabruras do Kidiaba e do Kabangu!

 Esses dois salvaram nosso Natal, o Papai Noel virou AZUL a partir daquele dia!!!

 Aos 43 minutos, tudo acabado, 2 X 0 para o Mazembe, após pedir permissão para quebrar a promessa!

Enfim, o Escorpião seguiu sua natureza, riu, levantou os braços e comemorou o grande feito do Mazembe, mas não matou o Sapo!!!

Afinal, o que seria do Grêmio se não houvesse o Inter?

Clarisse

Ireni da Gama Custodio: “Eles não contavam com o passeio do Mazembe”

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Ireni na sala de troféus do Tricolor

Este dia foi inesquecível. Eu estava na praia e eu jamais vou esquecer o que aconteceu em 14 de dezembro de 2010. Ao lado do meu marido e alguns vizinhos, todos gremistas, lógico, ficamos ali na torcida, acompanhando pelo rádio.

Quando terminou o jogo, peguei o celular e comecei a ligar para parentes e amigos. Queria dividir aquele momento, aquela alegria imensa que eu estava sentindo.

Pulava, gritava. Tinha um vizinho na praia que era funcionário do Inter e eu perguntei se ele estava triste com a derrota para o Mazembe, e ele respondeu que não estava nem aí para o jogo, que não gostava de futebol mesmo trabalhando no ‘Beira Lago’.

E eu continuei comemorando, alegria maior que aquela só quando o GRÊMIO foi campeão mundial em 1983.

Eles desconsideravam o time do CONGO. Só falavam na Inter de Milão, projetando uma final e a conquista do título. Eles não contavam com o passeio do MAZEMBE e que o KIDIABA iria entrar para a história.

Foi um momento tão especial, uma alegria sem fim. Jamais vou esquecer.

Ireni

Paulo de Carli: “Saí para a rua e gritei ‘dá-lhe Mazembe”

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Paulo preparado para receber os colorados na lotérica

Trabalho em uma lotérica no centro de Porto Alegre, onde tenho contatos com gremistas e colorados.

Comecei a sofrer um mês antes do mundial, porque temia que eles voltassem campeões mundiais de novo. No dia do jogo deles com o Mazembe, fui trabalhar com o coração na mão.

A gente só via camisas vermelhas e muita histeria. Eu recebia os colorados na lotérica já enchendo a bola deles, clientes, dizendo que era jogo jogado, que o Mazembe seria fácil.

Começou o jogo e o Inter perde gol feito com o Sóbis. Minhas mãos estavam geladas. Fui almoçar ouvindo a histeria do Pedro Ernesto.

Segundo ele, era só questão de tempo para o Inter marcar.

Começa o segundo tempo. De repente, é GOOOOOL do Mazembe. Meu coração batia a mil por hora. Foram os 45 minutos no futebol mais longos e angustiantes da minha vida. Para coroar, veio o KABANGU. Aí, não agüentei. Saí para a rua e gritei: “DA-LHE, MAZEMBE!”.

Meu irmão me ligou e fomos ao bar de um gremistão amigo. Tomamos todas!!!!!

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